quarta-feira, 16 de março de 2011

inclusão e exclusão, paradigmas da sociedade

O mundo passa por profundas mudanças. Urge analisar criticamente a condição existencial da diversidade, da deficiência, e suas perspectivas ante os desafios nesta nova ordenação de mundo.
A semente do conceito de sociedade inclusiva foi lançada em 1981 pela ONU quando realizou o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD), que enalteceu firmemente o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência como membros integrantes da sociedade. O lema do AIPD já dizia o que essas pessoas desejavam: “Participação Plena e Igualdade.” (Sassaki, 1999).
A sociedade vem sendo chamada a criar oportunidades iguais para as pessoas com deficiência, o que significa mudar a própria sociedade para que elas possam realizar seus direitos.
Esta mesma sociedade deve se empenhar em acolher as diferenças de todos os seus membros, significando que temos que focalizar esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade e sim em adaptar a sociedade às pessoas.
Desta maneira, o conceito de sociedade inclusiva já vem sendo gradativamente implantado em várias partes do mundo, como consequência natural do processo de implementação dos princípios de inclusão na família, educação, no mercado de trabalho, no lazer, recreação, esporte, turismo, cultura, religião, artes.
“Inclusão social é o processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se mutuamente tendo em vista a equiparação de oportunidades e, consequentemente, uma sociedade para todos”. ( Sassaki, 1999, p. 167).
Consideram-se como objetivos primordiais deste tema:
Posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em todo tipo de diferenças: físicas, culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças e ao preconceito, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; (Sonia Silva)
O que se espera para o século XXI são compromissos, não apenas com a produção e a difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico, participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da sociedade moderna. Analisa-se a importância da educação escolar no exercício da cidadania que implica a efetiva participação da pessoa na vida social resguardada a sua dignidade, a igualdade de direitos, a importância da solidariedade e do respeito, bem como a recusa categórica de quaisquer formas de discriminação.