domingo, 9 de outubro de 2011

MOMENTO LEITURA

 

“CADE A SÍNDROME DE DOWN QUE ESTAVA AQUI?  O GATO COMEU……”  POR ELIZABETH  TUNES

EDITORA AUTORES ASSOCIADOS

 

LIVRO QUE CONTA A EXPERIÊNCIA DE RECEBER UM FILHO COM SÍNDROME DE DOWN. LITERATURA FÁCIL DE SER ACOMPANHADA E TRÁS DICAS LEGAIS DESDE COMO PREPARAR A CASA ATÉ A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA.

RECOMENDO.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

down e o mercado de trabalho

A inserção da pessoa portadora de Síndrome de Down no mercado de trabalho é a principal forma de efetivar a construção de sua cidadania.Não se deve limitar, a priori, campos de atividades nos quais essas pessoas poderão ser profissionalmente habilitadas. O bom desempenho, já comprovado em microfilmagem (RN), artes gráficas (MG e RN), auxiliares de classe (SP), atores (RJ), prestadores de serviço em fast-food e boutiques (SP e RJ), são exemplos de engajamento profissional quando as oportunidades lhes são oferecidas. Cuidando desde cedo da estimulação e da educação, os limites dessas pessoas poderão ser ampliados e reforçadas as suas potencialidades.



"A maior limitação para que os portadores de Síndrome de Down se tornem adultos integrados, produtivos, felizes e independentes não é imposta pela genética, mas sim pela sociedade". (Cláudia Werneck)





novas parcerias

A AIAC , faz mais uma nova parceria ,  iniciada hoje, com a ONG Moradia e Cidadania , situada na Vila Guilherme, zona norte de SP.
Através de meu trabalho com atividades de customização, mosaico e artesanato com pets, começamos um novo trabalho de inclusão na comunidade ao redor. Além dos deficientes , vamos agregar nas turmas as crianças das escolas da região e o público da terceira idade.
Semana que vem trarei novas fotos, desta nova parceria com a ONG Moradia e Cidadania e fotos do Projeto Inclusão da Belas Artes.

Belas Artes emprega alunos do projeto inclusão.


Augusto, o mais novo funcionário da biblioteca da Faculdade de Belas Artes de SP.

o deficiente no mercado de trabalho

 

A inclusão de pessoas com deficiência mental no mercado de trabalho deixou de ser discutida apenas pelas entidades assistenciais. O assunto vem se tornado freqüente e, aos poucos, fazendo parte de discussões de programas de políticas públicas do governo, empresas e entidades de qualificação profissional.

De acordo com Carla Mauch, diretora do Instituto Paradigma que trabalha com deficientes, o campo de qualificação profissional já está oferecendo oportunidades para pessoas com deficiência mental. Exemplo disso, é o Programa 1º Emprego do governo que dá prioridade, em seus cursos de qualificação profissional para o mercado de trabalho, à pessoas com deficiências.

“Já existem algumas iniciativas, mas precisamos fazer todo um trabalho de conscientização porque como ainda há uma visão de que pessoas com deficiência mental são incapazes, acabamos desvalorizando e deixando de conhecer os saberes delas e, com isso, não há desenvolvimento”, acredita.

A entidade não oferece programas de qualificação profissional para pessoas com deficiência mental, mas faz parcerias com empresas e entidades de formação profissional que recebem esses jovens. O instituto também trabalha num projeto de educação corporativa em empresas para formação de gestores de recursos humanos. O objetivo é aproximar das empresas, discutir qualificação profissional e inclusão de tecnologias apropriadas para essas pessoas trabalharem.

“Além disso, fazemos uma sensibilização pois temos a perspectiva de que a empresa não tenha um olhar assistencialista ao contratá-los”, conta.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em São Paulo, mantém um programa em parceria com empresas em que estas fornecem demandas de trabalho para que o público alvo aprenda na prática.

“Fazemos isso porque as pessoas com deficiência mental precisam de coisas mais concretas para aprender. Existe uma grande dificuldade de elas transporem seus conhecimentos teóricos para a prática”, conta a coordenadora do programa de capacitação e orientação para o trabalho da APAE-SP, Elisabeth Teixeira.

O programa da entidade aceita apenas trabalhos que possam agregar conhecimentos a essas pessoas. ”O material de trabalho deve ser instrumento de capacitação por isso a tarefa deve trazer benefícios a eles. Os deficientes mentais ainda são os excluídos dos excluídos, portanto atividades que consigam proporcionar aprendizado nos ajudam a provar que o deficiente mental pode sim trabalhar e ser incluído”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Fotos da oficina de costura na Belas Artes.

 

 

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Algumas peças prontas. Essas peças estão servindo para treino dos pontos de bordado, para treino de costura de botões e fuxicos, e para confecção dos fuxicos. Futuramente eles irão ganhar essas camisetas.

Estou super contente com os resultados que estamos tendo. Eles estão conseguindo se concentrar por um bom tempo, estão mantendo a motivação e o interesse , e a criatividade está livre. Estamos trabalhando bastante a coordenação motora deles, mas não vi até agora eles se cansarem rápido ou pedirem para parar.

Praticamente todos os resultados estão superando minhas expectativas. Apesar de que eu confio tanto na capacidade deles, que nunca consigo duvidar que eles façam algo, e com isso não tenho medo de apresentar novas oportunidade para eles, e isso faz com que eles se sintam confiantes e produzam muito mais. è uma troca muito fácil quando é feita com convicção.

Amo meu trabalho e meu projeto.

Aqui vai duas fotinhos da turminha de trabalho.

 

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Oficina de costumização

 

Enfim nossa capacitação para oficina de costumização começou….começamos com 5 de nossos meninos(as), e tivemos um ótimo resultado, tanto da produção deles, quanto da alegria e empolgação por estar criando com a costura. Eles se envolveram, interagiram, se concentraram, usaram bastante a criatividade e saíram falando que a ‘semana que vem tem mais costura né??’ hahahh.

Semana que vem posto algumas peças prontas. Aí vão algumas fotos

.ba

segunda-feira, 4 de abril de 2011

AIAC em parceria com o CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO

Começamos nossa primeira oficina de costumização....nossos meninos e meninas da Casa de David sendo capacitados p o trabalho da costura, bordado, apliques e tudo que envolve essa atividade.










Aqui a equipe de trabalho Eliane Andreolli, Rafa e eu...ainda essa semana postarei a turma que faltou fotografar.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Conheça o projeto que promove a inclusão por meio das artes….

 
 
Em 1998 nascia o Projeto Belas Artes – Arte e Inclusão, fruto de uma parceria da então Centro Universitário Belas Artes de São Paulo com a Estação Especial da Lapa e Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. Sua missão era, por intermédio de atividades artísticas, culturais e profissionais, contribuir para o processo de inclusão social de pessoas com deficiências física, mental ou sensorial. Para isso, o projeto contava com oficinas comandadas por monitores encarregados do delicado e desafiador objetivo de oferecer aos alunos a base para a compreensão de um mundo que lhes oferecia o poder de ir muito além de suas limitações: as artes.
Ao longo desta década de existência do projeto, outras iniciativas juntaram-se às oficinas. Destinado às pesquisas, políticas públicas e realização de palestras abertas à comunidade, foi criado o Centro de Estudos Multidisciplinar Pró Inclusão (CEMUPI) e, com o objetivo de fortalecer a relação dos alunos com aqueles ao seu redor, foram criados os Encontros de Pais e Familiares. Este conjunto de atividades permitiu ao projeto atingir a sua meta de promover a percepção da própria identidade e apresentar caminhos para ampliar o desempenho social integral.
A antiga Faculdade tornou-se, em 2002, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e a Estação Especial da Lapa é atualmente a Divisão de Medicina de Reabilitação/Lapa. A parceria continua, fortalecendo-se a cada dia de sucesso deste projeto que, à sua maneira, revê nosso olhar sobre o mundo.
A AIAC teve o privilégio de fechar a parceria com esse projeto, e contar com o nome da Belas Artes em sua atuação para capacitar e integrar, sem deixar de se preocupar tb com a família, que na visão da AIAC, está diretamente ligada ao progresso, sucesso e continuidade dos trabalhos.
Estou muito feliz. Amanhã teremos mais fotos.

terça-feira, 29 de março de 2011

DEMOREI , MAS AÍ ESTÃO AS FOTOS QUE PROMETI……



REINICIAMOS HJ O TRABALHO DA AIAC COM A PARCERIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES. HJ RECEBEMOS NOSSOS ALUNOS DA CASA DE DAVID, QUE INICIARÃO UMA CAPACITAÇÃO NA ÁREA DE MODA….TEREMOS UMA OFICINA DE CUSTOMIZAÇÃO DE CAMISETAS E HJ COMEÇAMOS A SEPARAR OS ALUNOS E AS OFICINAS, QUE SERÃO VÁRIAS. TEREMOS OFICINAS DE PERFUMARIA, RESTAURAÇÃO DE LIVROS, SUCATA, DOBRADURA E CAPACITAÇÃO PARA TRABALHAR EM ESCRITÓRIO.
POSTAREI SEMPRE ALGUMAS FOTOS ALEATÓRIAS DE TODAS AS OFICINAS, MAS VOU ME FOCAR MAIS NA CAPACITAÇÃO PARA CUSTOMIZAÇÃO.
SEMANA QUE VEM RECEBEREMOS MAIS ALUNOS DE OUTRA ENTIDADE, E COLOCAREI NOVAS FOTOS. HJ ESTOU ME APRESENTANDO A VCS E APRESENTANDO PARTE DA EQUIPE DE TRABALHO E OS ALUNOS.
BJS A TODOS.

quarta-feira, 16 de março de 2011

inclusão e exclusão, paradigmas da sociedade

O mundo passa por profundas mudanças. Urge analisar criticamente a condição existencial da diversidade, da deficiência, e suas perspectivas ante os desafios nesta nova ordenação de mundo.
A semente do conceito de sociedade inclusiva foi lançada em 1981 pela ONU quando realizou o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD), que enalteceu firmemente o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência como membros integrantes da sociedade. O lema do AIPD já dizia o que essas pessoas desejavam: “Participação Plena e Igualdade.” (Sassaki, 1999).
A sociedade vem sendo chamada a criar oportunidades iguais para as pessoas com deficiência, o que significa mudar a própria sociedade para que elas possam realizar seus direitos.
Esta mesma sociedade deve se empenhar em acolher as diferenças de todos os seus membros, significando que temos que focalizar esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade e sim em adaptar a sociedade às pessoas.
Desta maneira, o conceito de sociedade inclusiva já vem sendo gradativamente implantado em várias partes do mundo, como consequência natural do processo de implementação dos princípios de inclusão na família, educação, no mercado de trabalho, no lazer, recreação, esporte, turismo, cultura, religião, artes.
“Inclusão social é o processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se mutuamente tendo em vista a equiparação de oportunidades e, consequentemente, uma sociedade para todos”. ( Sassaki, 1999, p. 167).
Consideram-se como objetivos primordiais deste tema:
Posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em todo tipo de diferenças: físicas, culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças e ao preconceito, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; (Sonia Silva)
O que se espera para o século XXI são compromissos, não apenas com a produção e a difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico, participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da sociedade moderna. Analisa-se a importância da educação escolar no exercício da cidadania que implica a efetiva participação da pessoa na vida social resguardada a sua dignidade, a igualdade de direitos, a importância da solidariedade e do respeito, bem como a recusa categórica de quaisquer formas de discriminação.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

dançaterapia

Década de 50-60  - María Fux, precursora da dança moderna na Argentina, desenvolve trabalhos artísticos e pedagógicos na Rússia, Polônia, Estados Unidos e América do Sul. Cria uma metodologia própria de Dançaterapia.

Década de 60-70  - A mestra argentina desenvolve estudos de Dançaterapia na educação e expande seus trabalhos para Espanha, Portugal, Inglaterra e Israel. 

Década de 80-90  - Começa a implantação de seu trabalho na Itália através de seminários de Formação em Dançaterapia. Fux lança no Brasil as obras Dança, Experiência de Vida, Dançaterapia e Formação em Dançaterapia.  

Década de 00 - Início da parceria exclusiva no Brasil entre a McGross (atual Centro Brasileiro de Dançaterapia, sob a direção da dançaterapeuta Mirian Loverro, criadora e gestora do Programa de Formação em Dançaterapia no Brasil) com o Centro Creativo de la Danzaterapia , dirigido por María Fux, através da realização em São Paulo de Workshop inédito no Colégio Marista Arquidiocesano e no clube A Hebraica. Da parceria  surge a criação e a implantação do inédito Programa Brasileiro de Formação em Dançaterapia e da capacitação da turma pioneira de profissionais em Dançaterapia, em São Paulo. María Fux lança no Brasil a obra “Depois da queda...Dançaterapia!”. O Centro Brasileiro de Dançaterapia também tem contado com a colaboração de profissionais de outros países no seu corpo docente.

O SILÊNCIO E O RÍTMO INTERNO

 

   O silêncio na Dançaterapia é um caminho verdadeiro que possibilita a compreensão do ritmo interno do ser humano, fazendo-o perceber, sentir e se integrar ao ritmo da natureza (da marés, das chuvas, do pôr-do-sol, dos ventos, das estações, dos planetas...), uma vez que permite a criação das mais variadas formas dentro de cada pessoa, onde o processo criativo não tem limites. As experiências em Dançaterapia revelam que o ritmo não é audível e sim um caminho natural que existe e percorre o interior de cada indivíduo. É o que se pode conhecer como  ritmo interno, marcado pelo pulsar do coração, pela respiração, circulação do sangue, do metabolismo..."Reconhecendo nosso próprio ritmo, aprendemos a usar as partes sãs do nosso corpo para despertar os movimentos. O ritmo interno, que se expressa de acordo com o nosso estado de espírito, também revela nossa ancestralidade de seres integrais conectados à natureza e ao cosmos, iguais e diferentes ao mesmo tempo em nossas riquezas",

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DESEQUILÍBRIO

 

Este texto foi escrito pelo Marcos onde ele relaciona sua vida com a dança. Achei muito legal dividí-lo com vocês.

 

 

Por Marcos Abranches

04.09.2010 São Paulo Brasil

Des prefixo de negação (ou de ausência)

Equi igual

Libração ato de librar-se ( movimento oscilante de um corpo até que fique equilibrado )

Talvez seja realmente esta a minha missão. Quando Deus colocou a dança em minha vida, não me perguntou se eu a queria ou não. Simplesmente a colocou.

Deus não pergunta.

Mas de uma coisa estou certo. Ele me fez dançarino, para que, entre tantos outros, obsecre ao mundo que reflita sobre a ausência do igual.

Meu corpo não oscila para o movimento físico. Oscilo meu corpo na busca permanente da libração. Para aqueles que não sabem o verdadeiro significado do igual e pensam que igual é corpo e mente semelhante, não entendem que a equidade é a disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada um, e que a equidade revela nas pessoas o amor, o senso de justiça, a imparcialidade, a isenção e a ética. A minha dança oscila o meu corpo clamando por lisura e reflexão sobre o modo de agir, pensar e opinar das pessoas. Honestidade e integridade não são somente padrões que os outros enxergam em nós. Oscilo meu corpo para que as pessoas possam interiorizar os seus verdadeiros valores de equivalência.

Se estiverem vazios, por Deus, que a Arte os alimente.

Algumas pessoas podem pensar: Se somos o sopro de Deus, quem nasce com deformações físicas ou mentais são frutos de um sopro defeituoso ?

A resposta para este tipo de desigualdade é que não há sofrimento ao redor de nossos passos. O mal supostamente forjado não está naqueles que o carregam, mas naqueles que padecem da aflição de sua própria ansiedade, respeitável, mas inútil, projetando e mentalizando ocorrências menos felizes para a vida dos portadores de deficiência, que, em muitos casos, não são vistos como se supõe e, por vezes, nem chegarão a vê-los assim.

Estes não oscilam seus corpos e nem suas mentes.

Acredito que entendemos melhor os normais. A recíproca não é verdadeira. À medida que as limitações surgem, voltamo-nos para a essência da vida e compreendemos mais a missão que temos aqui na Terra. Para nós, a simples reflexão sobre a dor e o sofrimento, basta para evidenciar que têm uma razão de ser muito profunda. A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar.

Para muitos dor é lamúria.

Para muitos, dor é a desculpa para as fraquezas de suas almas.

Meus movimentos oscilantes não são alerta para a deficiência física, mas para a deficiência do desamor. Procuro despertar nas pessoas as mazelas provocadas pelo egoísmo e preconceitos que corroem a alma e fomentam o ódio, o orgulho, a indiferença e a aflição do próximo, asfixiando os mais nobres ideais da vida, alimentando o campo fértil da ignorância com os ingredientes venenosos da revolta e da insensatez.

Oscilo meu corpo para o equilíbrio, para o despertar do vazio e isolamento causado pela solidão. A desestética dos movimentos são as desestéticas sentida pelo abandono e pela rejeição, entendendo que o bálsamo está na proteção do amor. Busco nos meus movimentos um mundo sem angústia, sem dores, sem desespero. Busco a vida. Busco na dança o equilíbrio do corpo e o belo da alma.

OFICINA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA

 

Estou divulgando a oficina a ser realizada pelo Marquinhos, ainda sem data prevista p início.  Peço que os interessados deixem o nome e endereço de email p contato que estarei repassando p ele através do blog.

 

OFICINEIROS: Marcos Abranches

A oficina será realizada pelo bailarino Marcos Abranches e terá um número máximo de 16 participantes. O público alvo são pessoas com e sem deficiência, jovens (a partir de 16 anos) e adultos interessados em dança e preparação corporal.

A oficina tem a proposta de trabalhar com práticas corporais de consciência corporal; exploração do movimento;
respiração e concentração; considerando o público a que se dirige e os seguintes objetivos:

· Desenvolver e aprofundar a consciência corporal dos participantes da oficina;

· Proporcionar um entendimento complexo da estruturação e funcionamento do corpo, além do (re)conhecimento do próprio;

· Possibilitar o desenvolvimento da percepção do espaço e do corpo no espaço, dentro e fora da sala de aula;

· Possibilitar a compreensão do movimento como um todo organizado, buscando preparar e fortalecer o corpo para o cotidiano;

· Fazer profundas e efetivas mudanças posturais, transformando a forma do corpo de dentro pra fora;

· Estimular a coordenação motora, o senso rítmico e, principalmente, a criação artística da dança;

· Proporcionar apropriação anatômica do seu próprio corpo através de imagens táteis e de sensações que surgem através do toque em cada região;

· Trabalhar a consciência do peso de seu próprio corpo, através do contato físico com objetos e com os outros corpos;

· Oferecer recursos para a realização de pequenas e grandes transferências de peso na dança;

· Explorar e aprofundar o tato e o contato dos participantes, importantes componentes para suas atividades cotidianas e também para o desenvolvimento da dança;

Desenvolvimento e Cronograma

· As aulas serão compostas por exercícios que promovam o aquecimento, exercícios em solo, seguidos de exercícios de consciência do corpo e do corpo no espaço, exercícios de dança contemporânea, contato improvisação, dinâmicas de grupo, jogos de improvisação, exercícios lúdicos, alongamento, fortalecimento muscular, massagem e relaxamento.

· O cronograma será estabelecido para o desenvolvimento das atividades dentro do período de 4 meses, tendo no final uma apresentação de conclusão da oficina.

· 1º mês: aulas para integração do grupo. Os exercícios serão de grau de dificuldade baixa visando à primeira adaptação aos movimentos da dança com maior ênfase na parte física para melhora do condicionamento físico geral.

· 2ºmês: aulas com ênfase nos movimentos de controle e consciência corporal e inicio dos exercícios de contato improvisação

· 3º mês: desenvolvimento das atividades e exercícios de controle e consciência corporal e continuidade nos exercícios de contato improvisação e desenvolvimento dos exercícios criativos para a preparação da apresentação de encerramento da oficina.

· aulas com exercícios de improvisação atividades de criação e ensaios para a apresentação de encerramento da oficina.

A seguir, destacamos algumas propostas de aquecimentos que farão parte de todas as aulas de acordo com as necessidades dos alunos e com os objetivos traçados para aquele dia de aula, podendo ser utilizada uma ou mais dessas:

- Alongamento;

- Andares nas seis direções (cima, baixo, lado, lado, frente, trás) brincando com as mudanças de direções e ritmos;

- Pequenas e grandes corridas, dentro ou fora da sala;

-Após os exercícios de aquecimento, iniciaremos as propostas de atividades de acordo com o seguinte plano de aula (considerando que a duração do curso terá 3 meses e que as aulas ocorrerão uma vez por semana 4horas/aula ou duas vezes por semana 2horas/aula)

Em algumas aulas vamos precisar de um aparelho de DVD e uma televisão (para exibição de filmes de dança); e em todas, precisaremos de um aparelho de som com CD player. Se possível, gostaríamos também de ter em sala de aula: uma cadeira de rodas, um par de muletas canadenses simples e um andador, para que as pessoas sem deficiência possam se apropriar desses materiais.

A dança é um magnífico instrumento que através da expressão dos movimentos melhora e desenvolve as capacidades e habilidades do estar e ser presente em cada processo da vida. Durante esta vivência serão estimuladas a criatividade e o movimento espontâneo, não havendo a preocupação com a técnica e a estética dos movimentos, além disso, possibilita a atenção e a escuta do ritmo interno que pulsa em cada pessoa, o que possibilita um gradual aumento da própria presença e consciência

Obs.: O curso visa trabalhar com a idéia de que toda e qualquer atividade a ser proposta seja acessível a todos que realizam aquela vivência, buscando não excluir ninguém das experimentações.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A dança no universo dos deficientes

 

Hoje já existem academias, faculdades, grupos de dança, onde a preocupação com a inserção social é real. Não mais em projetos, mas no dia a dia dos portadores de diferentes deficiências, existem cursos acontecendo, oportunidades sendo apresentadas, o que falta ainda é mais divulgação.

Cursos de pós graduação em dança com preparação para trabalhar com deficientes, companhias de dança que dão oportunidade para deficientes fazerem parte do quadro de dançarinos e até coreógrafos, como o Marquinhos, já fazem parte do nosso universo.

Tentarei mostrar o máximo de opções acontecendo nas cidades para que vocês possam achar algo que lhes interesse e participem, façam aulas, ganhem força, musculatura, alegria, interação, conquistem espaço, façam de suas vidas um acontecimento. 

A maioria das metodologias do ensino do movimento são 100% visuais, ou seja, o aluno faz o seu movimento copiando o professor.

Porém, nem todos os alunos tem desenvolvida a capacidade de aprender através da cópia.
A metodologia de ensino "Penso, logo danço" é uma alternativa pedagógica para o ensino do movimento que concretiza a possibilidade aprendê-lo sem a cópia do mesmo. Esta abordagem é realizada através do raciocínio lógico, da combinação de estruturas e de explicações auditivas do movimento, desenvolvendo a consciência corporal do aluno. É aplicado à Dança de Salão devido aos mais de 10 anos de experiência prática e investigações da autora nesta área, mas pode ser utilizado para o ensino de qualquer movimento.


Esta abordagem é realizada através de linhas de raciocínio, lógica, combinação de estruturas, imaginação dos movimentos e o uso do canal auditivo como elo de ligação entre o corpo e a mente, desenvolvendo a consciência corporal do aluno. A partir de movimentos simples, que já fazem parte do dia-a-dia das pessoas, proporciona-se a consciência corporal organizando e nomeando os movimentos. Com a obtenção deste nível de conhecimento, vamos combinar os movimentos em formas mais complexas, como um jogo de montar, apoiados no raciocínio lógico.

Pensar para dançar? Parece estranho, pois naturalmente as pessoas acham que dançar é ouvir a música e deixar seu corpo ser levado por ela... Com um pouco de experiência os indivíduos aprendem as partes intelectuais da tarefa e a necessidade para a atividade mental eficiente (com suporte das capacidades cognitivas) é substituída por uma ênfase maior na produção do movimento (com suporte das capacidades que são mais "motoras" por natureza).

Além disto, é utilizado o canal auditivo durante o processo de aprendizagem, fazendo com que os alunos falem os pequenos movimentos para fixação dos mesmos e, também, como elo de ligação entre o que o seu corpo executa e o que a mente pensa. Os alunos desenvolvem um caminho de consciência corporal falando para o seu corpo o que fazer, e o corpo responde executando os movimentos, sendo que desta forma ficam concentrados nos passos e no ritmo.

Os deficientes visuais também desenvolvem o senso de direção: eles sabem onde está a recepção (por onde eles chegam no espaço), o bar (que está no lado oposto da recepção), as cadeiras (onde eles deixam seus pertences quando chegam) e a parede do som, considerada nossa "frente" (aonde estão as caixas de som). A partir destas referências podemos utilizar os termos "virar para a recepção", ou "começar de frente para o bar", e também desenvolver a noção de giros: 90º e 180º.

Inclusão Social


Alguns deficientes visuais, após um tempo de aprendizagem e familiaridade dentro do espaço, freqüentam aulas com pessoas videntes. Atualmente todos os alunos estão acostumados com os deficientes visuais nas aulas e eles são tratados de igual para igual, respeitando suas necessidades e sem nenhuma discriminação social. Alguns deles são muito disputados porque dançam bem e todos querem dançar com eles!

Cia de Dança Passos e Compassos

Deficientes Visuais fazem parte da Cia de Dança Passos & Compassos, ensaiando coreografias e se apresentando em diversos espaços e eventos. Tango, Salsa e Samba são alguns dos ritmos já coreografados. Outros ritmos, como Forró, Rock, Bolero, Zouk são dançados de improviso, pois nosso grupo dança todos os ritmos.
Em eventos alternamos as apresentações de dança com explicações sobre a metodologia e as particularidades de cada coreografia.
Em todas as coreografias há deslocamentos pelo palco e mudanças de direção, o que sempre deixa o público muito impressionado com a percepção dos dançarinos.

Tango
A primeira coreografia do grupo foi um Tango, por causa do desafio que um dos deficientes visuais, Renato, fez para Solange: "eu duvido você ensinar Tango para nós". Além de ensinar, ela aplicou os conhecimentos na montagem de uma coreografia de Tango. A música "Perfume de mulher" traz a lembrança de Al Pacino, interpretando um deficiente visual, dançando Tango no filme homônimo.

Os bailarinos, deficientes visuais, começam sozinhos, do lado oposto ao de suas parceiras. Caminham em direção ao seu par e ao se encontrarem fazem deslocamentos em volta do outro, demonstram seu equilíbrio ficando um tempo em apenas uma perna, encontram seu par e fazem pose.

Salsa
A primeira apresentação da coreografia "Salsa com outros olhos" foi no Congresso Mundial de Salsa de 2005, onde emocionou todo o público que aplaudiu intensamente a coreografia em pé.
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Os bailarinos, deficientes visuais, saem um de cada lado do palco, com suas bengalas, caminhando e batendo no chão a marcação mais característica da Salsa: a clave. Conforme os instrumentos são acrescentados na música, os bailarinos dançam com as bengalas, fazendo desenhos acima da cabeça ou ao lado, além de passos e giros típicos da Salsa, sozinhos.

Em determinado momento as bailarinas arrancam as bengalas da mão deles e simbolicamente quebram-nas, com ensurdecedores aplausos de todo o público. Enorme surpresa quando eles fazem giros de 360º, que são extremamente técnicos, e outras figuras de Salsa com completo domínio dos movimentos.

O público novamente vai ao delírio com a acrobacia onde as garotas viram uma estrela nas pernas deles, e termina com a comoção de todos na pose final. Para todos os lados havia alguém emocionado, enxugando uma lágrima

Samba-rock
Os bailarinos saem de um lado do palco, caminhando com suas bengalas, quando "vêem" as bailarinas que passam por eles. Rapidamente utilizam suas bengalas para laçá-las, e então soltam as bengalas para dançar com as garotas.


Fazem diversos desenhos nos braços, que são a característica mais marcante do samba-rock. Poses e passos aéreos realçam as paradas da música, e terminam em uma pose surpreendente.